quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

No universo da Cibercultura - Vanessa

Post de autoria da Vanessa:

A sociedade sofre mudanças diante as novas tecnologias. O cotidiano das pessoas é modificado com caixas eletrônicos, atendentes virtuais, serviços online, mudando o dia-a-dia dos cidadãos. Segundo Palácios (1996), o contato entre as pessoas torna-se mais rápido com a mobilidade digital. A influência tecnológica é inegável na sociabilidade.

Segundo Lévy (2009) com o advento do ciberespaço, o saber articula-se à nova perspectiva de educação, em função das novas formas de se construir conhecimento, que contemplam a democratização do acesso à informação, os novos estilos de aprendizagem e a emergência da inteligência coletiva.

O ciberespaço engloba novas práticas sociais, formas de ver e estar no mundo. As ferramentas de produção e transmissão de conteúdo estão hoje mais próximas, nos bolsos e mãos das pessoas. Isso significa que parte do mundo é vista e acessada pelos dispositivos de comunicação virtual. As mídias locativas são nesse processo não apenas ferramentas de interação, mas elementos fundamentais de novas formas de conhecer, perceber e lembrar.

É nesse contexto que a memória e os métodos de pesquisa podem ser pensados. É certo que ambos não se reduz ao digital, mas estão associados às outras formações culturais, da cultura oral à midiática, e isso tem a ver com diferentes suportes. Mas se o digital é tão revolucionário, se transforma e permeia várias instâncias da vida social, é importante investigar como a memória e os métodos de pesquisa podem estar representados no ciberespaço. Onde cada usuário pode ter seu lugar de expressão, crescem diariamente os registros pessoais.

Nas redes sociais, o usuário pode mostrar o seu entendimento, conhecimento, memória de alguma coisa que, não necessariamente, corresponde às versões oficiais difundidas pela mídia ou pelas instituições de memória. Estes vários, registros pessoais convivem no ciberespaço, reavivam a memória e influencia nos métodos de pesquisa. A presença da cibercultura pode ser percebida constantemente em qualquer lugar, até mesmo museus. Abaixo segue um exemplo de um objeto museológico que retrata bem esse universo:

Fonte: Visita Mediada ao Centro Cultural de Belém (Museu Coleção Berardo)3º Seminário Internacional Museografia e Arquitetura de Museus: conservação e técnicas sensoriais.


Se o tempo atual é o da aceleração do mundo, da história, o uso de mídias locativas pode ser criativo e dinâmico para acompanhar as vivências do homem moderno. O uso da tecnologia não basta para constituir uma memória, mas permite escolher o que se quer lembrar, o que, na atualidade, significa um repositório gigantesco. Mas se é gigantesco, o é também porque mais pessoas estão compartilhando, se vendo e vendo as outras. Essa flexibilidade da tecnologia estruturante parece se adequar às memórias da contemporaneidade… será?

Termino deixando um vídeo interessante do Steven Johnson – De onde vem as boas idéias, que subentendidamente podemos perceber a cibercultura inserida… traz um debate sobre o que a internet tem causado ao nosso cérebro. Apresenta as inovações tecnológicas como meios que ampliam as formas de conectar e se informar, nos fazendo refletir sobre essas questões.

3 comentários:

  1. Eduardo, Professora e demais colegas;
    Obrigada de coração por ter postado meu tema no blog Eduardo! Eu realmente não estava conseguindo. Deve ser pelo fato de não ter blog. No entanto, peço desculpas a todos e Boas Festas!!!
    Foi um prazer conhecer vocês!!!
    Grande abraçoo!!!
    Att.
    Vanessa Luísa...:)

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  2. Muito interessante o teu texto, Vanessa.
    Por acaso na monografia que fiz, também citei frases do autor que falas aí (Marcos Palacios).

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  3. Olá Vanessa, gostei do teu texto e acho que está bem estruturado e de simples leitura. Achei muito feliz a escolha do vídeo, uma vez que nos faz reflectir e pensar como verdadeiramente as ideias surgem e de que nunca devemos desistir delas, mas sim juntá-las e tentar retirar o máximo de cada uma.

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